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Bom, depois de, ontem à noite, o malfadado Blogger me ter feito perder um post de quase duas páginas que me custou cerca de hora e meia em frente ao computador e que iria, sem dúvida alguma, valer-me o Prémio Nobel dos Blogues (esse bem reputado, bem afamado e bem remunerado galardão), a vontade de voltar a escrever mais alguma coisa não é muita.

Não imaginam a minha surpresa ao verificar que o resultado de quase duas horas de zumbido cerebral e martelar de teclas se tinha perdido nas entranhas de servidores longíquos e códigos html. Nao foi uma surpresa de "Oh! Apareceu-me aqui uma página com o título «Her first lesbian experience»!!!" ou de "Oh! O Porto ganhou um jogo em casa!!!". Nada disso. Foi mais a surpresa - barra - desilusão - barra - frustração de alguém que até tinha feito alguma coisa de jeito e cujo labor foi deitado ao lixo. Um pouco como o Sokota.

Então resolvi escrever este post in memoriam do outro, que nunca será lido. E para me lamentar um bocado, claro. Algumas precauções de salvaguarda dos posts são agora obrigação de se tornar rotina, e todos sabem as dificuldades que acarretam as mudanças nos nossos gestos diários automatizados. Mas não será isso que me vai impedir de continuar a blogar, intensivamente ou quando a disponibilidade mo permitir.

Quanto ao "falecido" post, ficará no segredo dos deuses. Ou dos bytes. Talvez o reescreva. Ou talvez não. É isto que é bonito.