Müsteiro

Chuva em Novembro, Natal em Dezembro.

18.3.05

Taça UEFA

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A controlar uns mansinhos ingleses, o Sporting apurou-se para os quartos de final na Taça Uefa, não tendo já companhia lusa nas competições fora do nosso país. Como de costume, as equipas portuguesas tardam em afirmar-se lá fora e parece que se encolhem face aos papões do estrangeiro. Mas isso é outra história. Pode ser que este ano, tendo a final em casa, sejamos bafejados por algum caseirismo. Tantas vezes acontece, porque não agora?

Entretanto, já se conhece o seguinte adversário, e o sorteio foi pouco amigo (pode-se mesmo dizer que nos calhou o pior): vem aí o Newcastle. Azar ou não, os de Alvalade já se superiorizaram aos ingleses esta época e será já o 3º confronto com os magpies nesta temporada (o 2º oficial), por isso a lição deve(ria) estar bem estudada.

De imediato se soube que o Sporting estará privado de utilizar Hugo Viana por este se encontrar emprestado pelo Newcastle:

Mal soube do resultado do sorteio, o Sporting entrou em contacto com o Newcastle para pedir a utilização de Hugo Viana na eliminatória, mas o presidente recusou o pedido.
«O telefone tocou logo depois do sorteio e era o Sporting a pedir se podia utilizar o Hugo nos jogos contra nós. Declinámos educadamente!», revelou o presidente do Newcastle, Freddy Shepherd.

Eu colocava-o no onze inicial. Não como uma provocação, mas por uma questão de prioridades. O Sporting quer vencer o jogo e precisa dos melhores a jogar. É como se costuma dizer : Amigos amigos, negócios à parte. E o negócio do Sporting é só um: eliminar o Newcastle e seguir em frente na Taça Uefa.

Que se lixem os cavalheirismos e as boas educações, e Mourinho é exemplo paradigmático disso mesmo. Interessa ganhar e defender o grupo, que com a desgraça dos outros podemos nós bem. Se ganhar implica criar algumas inimizades, pois que seja.

Nos dois últimos jogos dos leões na Superliga (duas derrotas, Belenenses e Penafiel), os adversários utilizaram jogadores emprestados pelo Sporting (a saber, Paulo Sérgio e Edgar Marcelino, respectivamente), contrariando o acordo de cavalheiros (???) que impedia a utilização dos acima referidos nos confrontos entre os clubes. Coincidência ou não (ou para o diabo se rir), esses jogadores cotaram-se como dos melhores em campo, tendo influência directa nas vitórias dos seus clubes temporários.

Sendo assim, de que servem estes hipócritas acordos inter-clubes, se o seu desrespeito não tem consequências? Se os organismos oficiais permitem a utilização de jogadores emprestados, Peseiro tem duas opções: coloca o melhor onze em campo, que muito provavelmente implica a utilização de Hugo Viana, ou se arma em cavalheiro e não o convoca. Se a escolhida fôr a segunda, os ingleses bem podem dizer: "Olha... para quem te f***..."