Pois... esse esteve "quase quase"...
Müsteiro
Chuva em Novembro, Natal em Dezembro.
31.8.05
Pois... esse esteve "quase quase"...
29.8.05
22.8.05
(inc.)
... Era uma sombra caminhando entre sombras pela escuridão opaca daquela solarenga tarde de verão...
... carregava no rosto o peso dos erros
... uma qualquer hipocrisia saudável camuflava-lhe as feridas, dissimulando-as aos olhos dos outros...
Goleadores
As crónicas do Visconde d'o Lumiar - João Quadros
17.8.05
"Já não és um de nós, pois foste mal educado!!! (ah, pois foi!)"
The thin red line between um negócio futebolístico de milhões e uma zanga de putos.
16.8.05
Post Roubado II
Soares anuncia possível candidatura até início de Setembro
Os Marretas anunciam possível início do Outono no dia 23 de Setembro.»
in Marretas
Post Roubado I
Claro que não, afinal foram apenas umas fogueiritas na província.
Houve incêndios no Terreiro do Paço? Não.
Houve incêndios na Praia dos Tomates ou no Ancão? Não.
No Largo do Rato? Em Cascais? Na Lapa? Também não.
Então é óbvio que não há calamidade nenhuma, ora essa.»
15.8.05
"(de)formações de mim"
"Implosion", de Derek Hess
Prazer de viver num mundo deformado pelo não real, pelo falso, não original. Deformação obsessiva que surge da necessidade de destabilizar. Jogar com sombras e palavras, perseguindo o conhecimento/desconhecimento de mim. A minha identidade. A minha linguagem. Linguagem do exagero, da abjecção, torna-me obscena, absurda, do descontrolo existencial e da corrupção física de mim própria.14.8.05
Grande campanha
«Pirotugal»
- O combate aéreo aos incêndios em Portugal é totalmente concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica. É o caso mais flagrante de lucro directo com os incêndios. São cobrados valores exorbitantes por hora de voo, que quase duplicam nas horas mais tardias do dia. A questão: se não houver incêndios, de que sobrevivem estas empresas? Exacto. Não admira então que se multipliquem os relatos de populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves. Relatos que continuam inexplicavelmente sem investigação após tantos anos de ocorrências. O Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos (de grande utilidade para o país - o que seria da nossa vida sem os submarinos a cair de podres comprados por Paulo Portas?) e não dispõe de metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair? E porque é que o país se dá ao luxo de as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem que estes estejam adaptados ao combate a incêndios? Para que se formam pilotos da Força Aérea especializados para combater incêndios e que depois passam o Verão inteiro desocupados nos quartéis? Respostas precisam-se.
- A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ainda ser utilizada apesar de ter ardido, sem que haja grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam apenas um terço do valor aos produtores florestais se a madeira estiver queimada. Logo, há uma enorme redução das despesas por parte das empresas madeireiras, aumentando assim a margem de lucro: compram mais barato e vendem ao mesmo preço. Ainda há quem diga que não há motivações económicas por detrás dos incêndios? Mas continua...
- Se não estou em erro, diz a lei que um terreno onde se tenha registado um incêndio não pode ser alvo de qualquer tipo de construção ou reaproveitamento que não seja a reflorestação, durante um período de 10 anos. Qualquer jornalista minimamente interessado não terá quaisquer dificuldades em encontrar terrenos que foram varridos pelos incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, indo contra o que diz a lei. Não sou especialista, mas tenho o palpite de que o terreno ardido é também mais barato do que o normal...
- Li algures que chegam aos órgãos de informação cartas e telefonemas anónimos com mensagens do seguinte teor: "Enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre. E dizem-se os caçadores protectores das espécies... Curiosamente, os tauromáquicos dizem o mesmo em relação aos touros.
- Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis levar a cabo um acordo com as direcções das três televisões generalistas portuguesas, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era o de que, ao ver muitas imagens de incêndios a ser transmitidas, os incendiários sentir-se-iam incentivados a continuar as suas actividades. O fraco argumento não foi obviamente suficiente para demover os responsáveis dos canais nacionais, sedentos das audiências que os incêndios trazem. É bem visível nas tristes figuras dos jornalistas de campo, colocando-se em frente às chamas, atrapalhando o trabalho dos próprios bombeiros, levando os populares desesperados às lágrimas com as suas perguntas de jornalismo sentimentalista e sensacionalista. Deplorável...
Existe uma indústria incendiária em Portugal, não-organizada mas cujos agentes têm um objectivo comum - destruir a floresta e lucrar com isso. Isto é visível ano após ano, repetitivamente, com uma exactidão ainda maior do que a própria época balnear.
Inexplicavelmente, o Estado português pouco ou nada faz em relação a isto. Sem capacidade para mais, limito-me a sugerir:
- A assumpção directa do combate aos incêndios por parte do governo, adquirindo os meios necessários (suprimindo, se necessário, muitas das "submarínicas" despesas do estado) e cessando imediatamente os contratos com as empresas de meios aéreos;
- A distribuição de forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente e auxílio coordenado no combate aos incêndios, acabando assim com a vida fácil e bem paga de militar. As Forças Armadas são uma das maiores despesas do Orçamento de Estado, e a sua aplicação prática é praticamente nula. Em bom português, é dinheiro deitado ao ar, e há que fazê-lo render;
- A alteração da moldura penal para crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas e investigando e punindo eficazmente os infractores, para que estes não estejam em liberdade ao fim de dois anos para retomar as actividades. Deve haver também um controlo rigoroso no que toca à construção em terrenos ardidos, impedindo as constantes violações impunes à lei;
- O incentivo à limpeza de matas, seja através de serviços de voluntariado ou através (ninguém pensa nisto???) da mobilização da população prisional. Os prisioneiros limitam-se a estar sentados, com cama, comida e roupa lavada, sendo uma despesa para o Estado e uma potencial mão-de-obra inteiramente gratuita, pois o trabalho realizado poderia facilmente ser pago com revisões de penas. Simples, e muito mais barato do que a aquisição constante de novos e dispendiosos meios.
Com um pouco de consciência cívica e ambiental, tomando medidas simples e directas, é possível conseguir que o nosso País se mantenha como um dos mais bonitos da Europa e evitar a desertificação total para que caminhamos. Porém, sei também que, apesar de aparentemente simples, estas medidas por mim sugeridas têm também o seu quê de utópico, pois enquanto o dinheiro continuar a falar mais alto, o País vai, sem dúvida, continuar a arder...
Este post foi inspirado num mail cujo autor não estava identificado. Vim posteriormente a saber tratar-se de Ricardo Costa, Director da SIC Notícias. Alguns dos pontos aqui referidos são semelhantes aos do texto original, outros adaptados ou até acrescentados. Para que não seja tomado por plágio.
3.8.05
Mata-me Outra Vez
Sei que é bom teu travo a tudo o que é mortal.
Tudo tem um fim, e aqui não há
Sei que é bom teu travo a tudo, o que é mortal.
Páro de andar, páro p'ra te ouvir.
Ou dormir.
Ornatos Violeta