Müsteiro

Chuva em Novembro, Natal em Dezembro.

22.7.05

Overman

Hoje dou-vos a conhecer um herói da banda desenhada de Laerte: Overman. É um super-herói nem sempre reconhecido, nem sempre moralmente correcto, que tem problemas comuns a todos e um apetite sexual desvairado às sextas-feiras.
Vou colocar algumas tiras e, se gostarem, mais se seguirão. Enjoy!
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Overman

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Overman

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Overman

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Overman

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Overman

21.7.05

Boa política

"Léo Lima custou 2 milhões de euros ao FC Porto, ou seja, pouco menos do que o montante global investido na temporada transacta pela SAD leonina no fortalecimento do seu plantel."

João Sanches, in "O Jogo", 21/07/2005

"Arrastinho"

Muito se falou, muito se escreveu, pouco se concluiu acerca do "pseudo-arrastão" de Carcavelos. Pseudo porque, como foi já admitido pelo chefe da polícia, o que houve foi uma desinformação (propositada ou não) empolada de forma maquiavélica por alguns "jornalistas" sem escrúpulos.
Porém, apesar de desmascarada toda a teoria da conspiração, nem um dos meios de comunicação (principalmente os televisivos) que fizeram do falso arrastão a notícia de abertura dos seus serviços notíciosos veio a público admitir a não-notícia.
É apenas mais uma prova de que, neste país, ninguém é responsabilizado pelos seus actos. Pergunto-me então a mim próprio para que servirá aquela misteriosa entidade superior, pomposamente denominada Alta Autoridade para a Comunicação Social, se não actua numa situação que roça o crime jornalístico e que despoletou, em poucos dias, atitudes e manifestações de extrema-direita.
Num país onde os políticos são notoriamente irresponsáveis, julgar-se-ia que os jornalistas teriam a tarefa facilitada na sua função de crítica social e de exposição da verdade. Mas não: já deu para reparar que apenas optaram por lhes seguir as pisadas.

Para quem desejar conhecer melhor os pormenores que levaram ao apuramento da verdade nesta história, consulte estas duas páginas:

19.7.05

Outra onda

Desconhecia por completo (e continuo um leigo) o trabalho desta banda. O estilo é electrónica, muito experimental e alucinada. Porém, o que mais me impressionou foi este videoclip, tanto que optei por colocá-lo aqui para quem quiser ver. Em mim, despertou a curiosidade de descobrir qual a mente distorcida capaz de imaginar um vídeo destes.
Não é nenhum bicho papão nem nenhum "Hellraiser" mas, ainda assim, recomendo a quem seja (muito) facilmente impressionável que não veja. Ou então, tape os olhos.

15.7.05

É obra!

Sem querer passar por sádico ou insensível, destaco aqui uma notícia que me ficou no ouvido pela sua inverosimilhança: o choque de três (3!!!) comboios no Paquistão. Está certo que é um país de miséria, que morreram 150 pessoas e não é propriamente tema para se brincar, mas... fazer chocar três comboios??? Andavam a fazer picanços ou quê? Merece um prémio...

Enquanto escrevo isto escuto a notícia do choque de dois navios de grande porte no Japão... Já tou a imaginar a desculpa: "Eh pá, desculpa lá ter-te arrombado o casco, não vi que estavas aí..."
Tá tudo doido.

Opeth - Damnation

Opeth - Damnation

Não quero transformar o Musteiro num blog de comentários musicais, mas mais uma audição deste álbum obrigou-me a partilhá-lo convosco, sob pena de me sentir culpado para o resto da minha vida e a descarregar continuamente em vasilhame Sagres de 0,20 l.

Para quem já teve algum contacto com o trabalho desta banda de Estocolmo, já sabe qual é o calibre que se espera deste álbum. Para quem não conhece, fica a informação: os Opeth formaram-se em 1990, quando os guitarristas Peter Lindgren e Mikael Akerfeldt recrutaram um baixista e um baterista (Johan de Farfalla e Anders Nordin, que foram posteriormente substituídos por Martin Mendes e Martin Lopez) para formar uma banda de death metal de influências progressivas. Estas influências do art-rock dos anos 70 são visíveis não só nas orquestrações clássicas e instrumentações acústicas, mas também na duração dos temas: não são raras as faixas com mais de 10 minutos de duração. E, ao contrário do que possa parecer, não farta - sabe a pouco. E não se assustem os detratores de todos os géneros musicais que são precedidos de um hífen e da palavra metal. Os Opeth têm peso e distorção? Sim. Têm vocalizações rasgadas/grunhidas? Frequentemente. Isso retira beleza e perfeicção à sua música? Até agora, ainda não sucedeu. Quem escutar com atenção, com "ouvidos de ouvir", chegará à conclusão que tudo encaixa como se de uma composição clássica se tratasse. Porque não está muito longe de o ser.
Os álbuns de Opeth foram então sucedendo-se, num crescendo de qualidade, que atingiu um pico nos álbuns de 2001 e 2002, Blackwater Park e Deliverance, respectivamente. Damnation marca a carreira da banda pela diferença: a ausência de distorção e de vocalizações mais puxadas praticamente os afasta da sua costela death, remetendo-os para uma vertente clássica, como o rock sinfónico.

Neste álbum destacam-se as guitarras, acústicas e eléctricas, a conduzir as melodias pela parte mais baixa da pauta, que se misturam na perfeição com o tom grave da voz de Mikael Akerfeldt. A produção do genial Steve Wilson (vocalista de Porcupine Tree - ver post abaixo) permite que nos deliciemos com a força desta música, sem que a distorção esteja presente, e com uma tal pureza de som que possibilita que consigamos ouvir os próprios dedos a deslizar nas espirais das cordas... Acreditem, é único.

Os sentimentos predominantes em Damnation são a tristeza e a melancolia, e não é necessário prestar atenção às letras para o perceber. Sente-se a cada nota, a cada acorde, ao longo das oito faixas. Desde a primeira, Windowpane, percebe-se que a guitarra impera. Em Death Whispered a Lullaby damos por nós a entoar o carinhoso refrão "Ooh... sleep, my child...", enquanto que em Closure sentimos um vento quente vindo do deserto, que antecede o passar de uma cáfila. Hope Leaves devolve-nos a um profundo sentimento de perda, que aumenta até se tornar sofucante em To Rid The Disease. O fade in de Ending Credits remete para um rock progressivo mais clássico, sendo que é a única faixa totalmente instrumental do álbum. A alguns poderá, ainda que estranhamente, fazer lembrar Carlos Santana, sem o salero. Weakness serve como uma espécie de despedida, em que a voz se encontra já longe, esbatida, e termina o álbum com as mesmas cores que começou.

Dizem que Portugal é um país triste, saudosista, e este é um bom álbum para quem se sente um pouco nostálgico. Quem o ouvir sem preconceitos e lhe der uma chance de repousar nos ouvidos, vai por certo adoptá-lo como um companheiro em dias de chuva, de sorrisos ausentes. Arrisco mesmo dizer que, se o fado tivesse nascido na Suécia, soaria algo parecido com este álbum.

9.7.05

And the winner is...

Bom, decidi finalmente pôr fim à votação para a escolha do nome da nossa freira de estimação. Não são unânimes as opiniões no que toca à sua presença no blog porém, a quase totalidade das mesmas são favoráveis.
Quanto aos resultados, foram os seguintes:

- Skippy, Freirinha Florinda e Irmã Luca não conseguiram qualquer voto;

- Pingu, 1 voto

- Ane Jubilei CurniCova do Spirito Santo Spidado (Ani Spidocas), 1 voto

- Maria (a freira que fode de noite e de dia!), 1 voto

- Irmã Maqui, 2 votos

- Freira Tania Marisa Vanessa Com a Gina Aos Saltos, 7 votos (!?!?)

- Virgolina, 11 votos

- Irmã Madas, 13 votos

36 pessoas votaram no total, elegendo assim o nome Irmã Madas para a pequena freira dançante. Não venceu o meu favorito, mas também não era esse o objectivo. Agradeço desde já a todos os que se deram ao trabalho de sugerir nomes e, posteriormente, a votar.
Aproveito também para esclarecer que o blog não tem sido regularmente actualizado por motivos puramente académico, pelo que, a partir de agora, haverá post novos mais frequentemente.
Vão em paz, com a bênção da Irmã Madas!

8.7.05

Porcupine Tree - Deadwing

Porcupine Tree - Deadwing Porcupine Tree - Deadwing

Saiu recentemente para o mercado o novo álbum de Porcupine Tree, "Deadwing". Como sucessor do genial "In Absentia", a fasquia para este álbum era altíssima. Ainda assim, tendo em conta o historial de álbuns desta banda, seria difícil esperar uma desilusão. O álbum inicia-se com o tema-título, um tema típico de Porcupine Tree, com momentos aparentemente calmos e suaves, mas que escondem ambientes obscuros e palavras perturbadas. O segundo tema, "Shallow", retrata mais um personagem-tipo, como acontece em muitas das suas músicas - neste caso, o isolamento com que a frieza da aldeia global em que vivemos trata muitos de nós: "I live to function On my own is all I know No friends to mention No distraction, nowhere to go". A faixa 3 traz uma agradável surpresa: a suave balada "Lazarus", guiada pelo piano, regista um momento de paz e tranquilidade neste álbum, que resulta de uma forma única. Segue-se a cativante "Halo", logo antes de um dos melhores temas de rock progressivo que já ouvi: ao longo de mais de 12 minutos, "Arriving somewhere but not here" mostra-nos aquilo que o génio de Steve Wilson e a sua banda conseguem, num tema que é a própria inspiração condensada. O álbum prossegue no registo típico de Porcupine Tree, sem temas que possam ser apontados como pontos fracos. Ouçam e disfrutem de uma das bandas mais geniais da actualidade.

Os Porcupine Tree estarão pela primeira vez em Portugal no Festival de Vilar de Mouros. Apesar de torcer o nariz aos concertos dos festivais, aconselho a quem lá se deslocar este ano a prestar atenção a esta banda. cá eu prefiro aguardar uma visita para um concerto próprio.

Amores

amores

5.7.05

www.fightbull.com

www.fightbull.com

Criado a partir do conceito de uma música dos The Temple, "Fightbull" (cuja letra já foi colocada aqui no blog), este site, como o nome indica, destina-se a ser uma palavra persistente no combate à tradição sangrenta das touradas.
Aconselho-vos a visitá-lo, ler os argumentos muito bem apresentados. Iniciativas destas são de louvar e devem sempre ser apoiadas.

ABAIXO AS TOURADAS!!!

Bom português

Estava a Edite Estrela numa bomba da A2 a caminho do Algarve quando começam a chegar muitas motos. Quando um dos motociclistas lhe passa ao pé, ela pergunta :
- Desculpe, mas onde vão todas estas motos ?
- Vamos para Faro. - diz o motociclista.
Imediatamente a Senhora Dona Edite Estrela, com um sorriso condescendente, diz :
- Lamento, mas o que disse não está correcto.
- Ahn? - responde o motociclista como quem diz "desculpe não percebi, importa-se de repetir?"
- O senhor é de Lisboa ?
-Sou. Porquê ?
-Então deveria ter dito "Eu vou a Faro", porque isso implica que vai e volta. Se disser "Eu vou para Faro" isso implica que vai e não volta, o que não é correcto.
O motociclista começa então a fazer uma cara de concentração à Edite.
-Não está a perceber o que eu disse ? - pergunta ela, muito solícita.
-Não, não! Eu percebi! Estou é a pensar se a mando à merda... ou para a merda...